sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Dívidas de gestores passados podem levar Assaré a colapso financeiro

Prefeito Samuel Freire ( PT) faz as contas da dívida.  (Foto : Flávio Pinto )

Uma dívida estimada em R$ 13 milhões  pode gerar colapso financeiro na Prefeitura de Assaré, na Cariri Oeste, inviabilizando sua administração e acarretar enormes prejuízos aos seus 22.500 moradores.  A dívida ameaça de bloqueio do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o que pode aniquilar financeiramente a atual gestão municipal.
O montante é referente a dívidas contraídas por gestores que passaram pelo município no período 2006 a 2012, junto a órgãos, principalmente do Governo Federal, como INSS,  Ibama, FGTS do servidores, entre outros. O valor total representa mais da metade dos recursos que o município arrecada, atualmente, durante todo o ano.
O prefeito Samuel Freire (PT), se diz de pires nas mãos, pois mesmo seja parcelada no teto máximo, cujo prazo é de 240 meses, o valor a ser pago mensalmente, cerca de R$ 80 mil é praticamente impraticável pela administração municipal, por conta de outros parcelamentos feitos no início de se mandato. "É complicado. Já pago R$ 114 mil mensais de dívidas de meus antecessores referente
O prefeito Samuel Freire, já começou a adotar uma série de medidas, que visam tirar o município dessa situação. A primeira delas é fazer um levantamento da situação fiscal e encaminhá-la ao Ministério Público para que este possa responsabilizar os gestores que passaram pela administração de Assaré antes de Samuel Freire. O documento deve ser entregue na próxima semana.
"Também já comecei a enxugar a folha. Ninguém será demitido. Por enquanto, baixei decreto para que todos os servidores trabalhem somente até as 14 horas e estou conversando com fornecedores e a população para estes entendam que o município pode entrar em colapso financeiro, caso medidas extremas não sejam tomadas", disse Samuel Freire.
BRASÍLIA
O prefeito Samuel Freire disse ainda que pretende ir a Brasília nos próximos dias para conversar com técnicos do INSS visando ampliar o prazo de 240 meses para o parcelamento junto ao INSS, cujo montante chega próximo aos R$ 8 milhões.
O prefeito também pretende procurar o deputado federal José Guimarães (PT), o qual ajudou a reelegê-lo. "Como político influente no Governo Federal espero que Guimarães consiga ajudar. O município é de pequeno porte e nossa arrecadação é simbólico, não pode arcar com essa dívida", finalizou.

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