O programa denunciou indícios de superfaturamento e desvio de recursos públicos efetuados pelas Prefeituras de Crato e Juazeiro do Norte, durante os anos de 2012 e 2013. As suspeitas foram confirmadas pelo procurador da República Rafael Rayol, que comanda uma investigação em torno de aquisições de merenda escolar, através de possível ação fraudulenta, no âmbito do Ministério Público Federal. (Ler tópico mais abaixo sobre a denúncia).
Durante sessão ordinária da Câmara de Vereadores, parlamentares cobraram o aprofundamento das investigações pelo Ministério Público e a participação do Legislativo nas investigações. Luís Carlos Saraiva disse que a possibilidade de criação de uma CPI existe, no entanto, informou que a Mesa Diretora aguardará uma provocação por parte dos demais parlamentares para então se manifestar a respeito do assunto. “A comissão poderá ser solicitada a qualquer momento. Mesmo que não seja realização uma CPI, há possibilidades de ser formado um colegiado para aprofundar as investigações por parte do Poder Legislativo. Nós vamos aguardar os acontecimentos para então nos manifestarmos de maneira mais aprofundada”, disse o presidente da Casa.
Para o líder do prefeito Ronaldo Sampaio Gomes de Matos (PMDB) na Câmara, vereador Paulo de Tarso (PMDB), a Câmara tem obrigação constitucional no aprofundamento das investigações. Ele ponderou, no entanto, que é preciso tranquilidade em relação às denúncias e que a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, neste momento, poderia não alcançar o objetivo pretendido pela própria população de Crato. “A priori não se sabe se há ou não irregularidades cometidas. A Câmara vai realizar as devidas investigações e auxiliar o Ministério Público naquilo que lhe for necessário. Não creio, no entanto, que haja motivos, pelo menos no atual momento, da criação de uma CPI. Caso ela venha a existir será muito mais por questões políticas do que pela necessidade de investigar as denúncias”, observou.
(Com informações de Roberto Crispim/ DN)