quarta-feira, 15 de outubro de 2014
50 pessoas são presas pela PF em vários estados por crime de pornografia infantil. Uma das prisões ocorreu em Juazeiro do Norte
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira, 15, a operação ''Darknet'', que tem por objetivo confirmar a identidade de suspeitos de crimes de armazenamento e divulgação de imagens e abuso sexual de crianças e adolescentes. Serão cumpridos mais de 100 mandados de busca, de prisão e de condução coercitiva no Ceará e em outros 17 estados, além do Distrito Federal.
No Ceará, foram sete mandados de buscas, três de condução coercitiva e um de prisão preventiva, emJuazeiro do Norte. Segundo a última atualização da PF, em todo o Brasil, 50 pessoas já foram presas.
Foi a primeira operação da PF que utilizou o rastreamento do Deep Web, considerado um ambiente virtual seguro para internautas divulgarem anonimamente conteúdos variados. A identificação do ponto de acesso (IP) do usuário fica impossibilitada no ambiente e oculta a identidade de quem acessa, mas os policias federais conseguiram identificar mais de 90 usuários que compartilharam pornografia infantil.
Além disso, informações obtidas durante as investigações que envolvem suspeitos de outros países foram repassadas para autoridades de Portugal, Itália, Colômbia, México, Venezuela. Os outros estados em que foi deflagrada a operação, simultaneamente, são: Amazonas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
A investigação foi iniciada há um ano e pelo menos seis crianças foram resgatadas de situações de abuso ou de iminente estupro. Até o momento, somente as polícias dos Estados Unidos e da Inglaterra realizaram investigações de crimes praticados através da Deep Web.
Dados
Segundo a PF, uma pesquisa indicou que entre os homens presos por posse de pornografia infanto-juvenil, 85% admitiram o contato sexual com crianças. Em um dos flagrantes da investigação, um pai contava que iria abusar da filha assim que ela nascesse. “Nesses episódios, policiais federais agiram e evitaram que as crianças permanecessem ou se tornasse vítima, prendendo quatro investigados”, explicou o órgão.
( O Povo)