domingo, 10 de agosto de 2014

Reabilitação de padre nicaraguense pode favorecer Padre Cícero

Padre Cícero morreu sem poder celebrar missa

Alento para os devotos de Padre Cícero. O papa Francisco acaba de reabilitar o padre e ex-ministro de Relações Exteriores da Nicarágua, Miguel d’Escoto Brockmann, de 81 anos, que havia sido suspenso a divinis pelo papa João Paulo II (a mesma penalidade aplicada ao Pe. Cícero Romão, em sua época) por se recusar a deixar o governo sandinista.
D’Escoto havia escrito uma carta ao atual papa expressando seu desejo de voltar a celebrar a Eucaristia “antes de morrer”. Francisco respondeu imediatamente não só suspendendo a punição (o que não sucedeu com o Patriarca de Juazeiro, que morreu sem voltar a rezar missa), mas, determinando ao superior do sacerdote sua reintegração à congregação, o quanto antes.
A decisão irrita os conservadores e torna mais nítida a aproximação do Pontífice com os antigos expoentes da Teologia da Libertação. Não é à toa que Francisco está sendo chamado de “comunista” por certos círculos políticos e empresariais americanos. O Papa é única autoridade com plateia mundial a se contrapor frontalmente ao neoliberalismo. Por isso, é cada vez mais admirado pelos povos da América Latina.
A decisão também anima os devotos de Padre Cícero que tentam há anos a reabilitação de Padre Cícero, considerado santo pelos nordestinos e é seguido por milhares de devotos em todo o país. Em 2008, uma comissão formada por políticos e religiosos de Juazeiro do Norte e Crato chegou a ir ao Vaticano fazer a entrega de documento solicitando a reabilitação do Padim Ciço, mas até hoje, nada foi decidido.
(Com informação da coluna de Valdemar Menezes e blog do Eliomar)

Últimas notícias