Cid terá de convencer os aliados aceita sua indicação |
O primeiro dia depois do anúncio do deputado
Camilo Santana para concorrer a sucessão de Cid de Gomes pela aliança Pros/PT e
mais uns 20 e poucos partidos, foi de especulação e reclamações. Os líderes dos
principais partidos que declaram apoio a Cid Gomes não gostaram da indicação de
um petista para encabeçar a chapa majoritária e reafirmaram que esperavam o
Pros à frente da chapa.
O reflexo dessa situação já foi percebido
ontem (segunda-feira, 30), quando o governador Cid Gomes teve muito dificuldade
para conseguir fechar a chapa majoritária, pois Zezinho Albuquerque e Domingos
Filho rejeitaram o convite para ao lado de Camilo Santana comporem a chapa. Zezinho
seria o vice e Domingos Filho disputaria o Senado.
Zezinho preferiu concorrer a reeleição a
deputado estadual e quem sabe, se reeleito, concorrer à presidência do legislativo
estadual, onde é atual presidente. Já
Domingos Filho acertou sua ida para o Tribunal de Contas em substituição ao
conselheiro Artur Silva, amigo da família Ferreira Gomes e que vai se
aposentar precocemente para que o vice-governador possa assumir a vaga.
A insatisfação não é só entre os caciques do
Pros. Prefeitos de vários municípios não escondem a decepção em ter que apoiar
um candidato de partido até então considerado adversário político.
Até mesmo no PT, Camilo tem restrição. O bloco
liderado pela ex-prefeita Luizianne Lins ameaça não votar em Camilo e está
próximo de apoiar à candidatura de Eunício Oliveira. Para evitar
constrangimento e desgaste à sua candidatura, Camilo tenta apagar o fogo-amigo
dentro do partido e deve conversar com a ex-prefeita ainda hoje.