domingo, 1 de junho de 2014

Policiais civis decretam estado de greve

Em assembleia realizada na tarde do sábado (31), policiais civis do Ceará decidiram instaurar estado de greve. Com a decisão, paralisações pontuais podem ser realizadas a qualquer momento e, a partir de quinta-feira, 5, a categoria pode decretar greve caso não haja negociação com o Governo do Estado.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará (Sinpol-CE), Gustavo Simplício, a decisão foi tomada por não haver diálogo do Governo do Estado com a categoria. Desde dezembro do ano passado, o sindicato realiza a campanha Polícia Legal, que busca a valorização dos profissionais.
Simplício afirma que os policiais esperam pelo pagamento de salário de nível superior, condizente com a formação profissional. ''O governador dizia que para pagar teria que esperar a primeira turma entrar por concurso. Mas até hoje ele não reconheceu e recebemos salário de nível médio. Isso fez a categoria decidir pelo estado de greve. Procuramos um diálogo com o governador porque não tem como manter um policial civil de nível superior com salário de nível médio'', diz.
Além disso, pede-se a retirada dos xadrezes das delegacias - espaços que costumam ser superlotados e, muitas vezes, são cuidados por um único agente da Polícia Civil. ''É inadmissível essa situação'', frisa Gustavo Simplício. O presidente do sindicato pondera ainda que, por causa da baixa valorização, o efetivo policial está em declínio. Hoje, segundo ele, 2.566 policiais civis atuam no Ceará.
Procurada pelo O POVO, a Polícia Civil informou, através da sua assessoria de comunicação, que ''não reconhece a greve e se por ventura ela acontecer, o Estado irá responsabilizar civil, administrativo e judicialmente os responsáveis pelo movimento visto que já existe jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) ''que determina que os agentes da segurança publica não podem fazer greve''.
(O Povo)

Últimas notícias