Para a CBF, configurou-se abandono de campo o ato da Portuguesa de deixar com 15 minutos de início o jogo desta sexta-feira (18), contra o Joinville, na estreia da Série B do Campeonato Brasileiro, depois de documentos do Tribunal de Justiça de São Paulo terem sido apresentados ao delegado da partida, Laudir Zermiani.
A Lusa pediu o adiamento do confronto e foi para o duelo contrariada, se resguardando em uma liminar movida por ação popular na 3ª Vara Cível da Penha, São Paulo, em 10 de abril, que recolocou o clube do Canindé na Série A.
Em nota publicada em seu site oficial, a CBF declarou: "O ato apresentado ao delegado do jogo entre Joinville e Portuguesa não tem nenhuma eficácia jurídica, pois decorre de uma decisão proferida pelo incompetente juízo da 3ª Vara Cível do Fórum Regional da Penha, São Paulo, e que vem a desrespeitar flagrantemente a determinação do Superior Tribunal de Justiça, que já decretou que a competência é exclusiva da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, que proferiu decisão contrária. O ato desse juízo confirma grave desrespeito ao STJ e é muito sério. Seus responsáveis terão de reparar os vultuosos danos causados. Quanto à Portuguesa, que abandonou o campo, caberá ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva julgar o mérito."
Na noite dessa sexta, a TV Globo divulgou outro comunicado no qual a CBF alega que "a Portuguesa, apesar de advertida pelo juiz da partida, que deveria ter dado continuidade à partida, optou por não voltar, o que configura abandono de jogo ou WO."
Segundo o procurador do Supremo Tribunal de Justiça Desportiva - STJD - Paulo Schimitt, sendo denunciada por abandono ou WO, a Lusa pode até ser expulsa da Série B-2014.
(com agências)