Ronaldo, em pe à esquerda, demorou pouco tempo no palanque. (Foto: Flávio Pinto) |
Ainda sobre o XI Encontro Regional do PMDB, em Russas, um detalhe me chamou atenção. O ostracismo politico momentâneo do prefeito do Crato, Ronaldo Gomes de Mattos. O prefeito cratense parece ter entrado e saído do encontro sem ter sido percebido pelas principais lideranças do partido.
Primeiro foi na coletiva que o senador Eunício Oliveira concedia à imprensa no anexo ao lado do ginásio. Ronaldo pegou o "bonde andando", se diz a linguagem popular e sequer foi anunciado pelo senador. No máximo um leve "tapinha nas costas", enquanto o pré-candidato se pronunciava aos jornalistas.
O segundo momento foi no palanque ou bancada como queiram, instalado no ginásio. Mais uma vez Ronaldo passou em branco. Não foi convidado a sentar-se e nem anunciado. Muito menos usou da palavra como vários políticos (prefeitos e deputados) que estavam ali, a fizeram. Se limitou a ficar em pé atrás do senador. Demorou pouco e saiu à "francesa".
Por que o ostracismo dentro do próprio partido é uma incógnita? Ninguém abertamente quis se pronunciar, mas há rumores que nem Eunício e nem a direção estadual do partido vê com bons olhos o apoio de Ronaldo a Camilo Santana (PT) para a Câmara Federal.
Além disso, peemedebistas históricos e de "peso" no partido têm reclamado internamente da posição do prefeito cratense, que pouco apareceu nos 11 encontros regionais promovidos pelo partido. Há quem diga que até pouco tempo, Ronaldo torcia pela aliança entre Eunício e Cid, mas ele já teria decidido ficar com o PMDB.
Ronaldo que de bobo nada tem deve fechar apoio à candidatura de Daniel Oliveira (PMDB) a deputado estadual. Daniel é sobrinho de Eunício. Desta forma evitaria uma "fritura" desnecessária dentro do próprio partido.
Ronaldo acompanhou parte da coletiva de Eunício à imprensa. (Foto: Flávio Pinto) |