O secretário estadual da Saúde, Ciro Gomes, não vai estar no grupo político que recepcionará a presidente Dilma Rousseff, aguardada nesta quarta-feira para cumprir agenda em Fortaleza e Sobral (Zona Norte). Ciro embarcou de madrugada para Brasília onde estará uma audiência da direção nacional do seu partido, o Pros, com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Ciro não adiantou o teor do encontro de um Pros que chegou a ameaçar ingressar num “blocão” de oposição ao governo federal. O governo federal discute a participação da legenda na equipe dilmista.
Sobre as eleições deste ano, Ciro Gomes, que fazia a pregação de que ao Pros cabia indicar o nome para suceder o seu irmão, o governador Cid Gomes (Pros), parece ter mudado o discurso. Ele disse agora que o Pros não quer indicar o nome, mas tem esse direito, mas que o tema sucessório deverá ser resolvido no diálogo com todos os 14 partidos que integram a base cidista.
“O Pros não tem que ter candidato à sucessão do Cid. Nós temos uma aliança com 14 partidos liderada pelo governador Cid Gomes”, disse. Lembrado de que defendia até bem pouco tempo a candidatura própria do seu partido, reagiu: “O que defendo é que todos os partidos que pertençam à aliança tenham direito de sentar à mesa defendendo seus próprios interesses, desde que esteja em jogo o interesse estratégico do Estado. Nesse sentido, o Pros gostaria, respeitando o direito dos outros de apresentar candidato, de apresentar os seus também”.
Ciro mudou um pouco o tom ao ser indagado sobre uma possível candidatura do senador Eunício Oliveira, presidente estadual do PMDB, ao Governo do Estado. Indagado sobre essa movimentação do peemedebista, deixou o seguinte diálogo com o Blog:
- Ele (Eunício) nunca nos disse que era candidato. Nenhuma vez se quer.”
Mas ele se movimenta…
- Sim, mas nós não fazemos política pela imprensa.
Ele já conversou com o senhor?
- Nunca, nenhuma vez sequer. Não é comigo, é com o Cid.
Mas o Pros está disposto a falar com ele?
- Por que é que eu vou falar sobre isso?
O Cid está disposto a falar com ele sobre isso?
- Claro. Nós o temos como companheiro da aliança.
- Ele poderia virar o candidato?
- Ele é maior de idade, vacinado…
O Pros temeria uma candidatura dele?
- Não, nós não temos medo de ninguém.
(Blog do Eliomar)