O procurador Maurício Carneiro esteve no Crato para tomada de depoimentos. |
Nos dias 20 e 21 passados, a Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap) e o Ministério Público do Crato ouviram os depoimentos de 14 pessoas no processo que apura o "Mensalinho do Crato".
No primeiro dia, os nove vereadores supeitos de terem recebido R$ 50 mil para desaprovar as contas do ex-prefeito Samuel Araripe, se reservaram o direito de permanecer calados e nada disseram em depoimento ao procurador Maurício Carneiro e aos promotores Raimundo Parente e Lucas Azevedo.
No segundo dia, (sexta-21), foram ouvidos o vereador Guer, o ex-prefeito Samuel Araripe, o enteado do ex-prefeito, Davi Araripe e a testemunha identificada por Paulo da AABEC. Dos quatro, o depoimento mais importante foi do ex-gestor, que confirmou as denúncias e apresentou novas provas, cujo conteúdo foi mantido em sigilo pelo procurador Maurício Carneiro.
O procurador considerou as denúncias como graves, mesmo diante do silêncio do vereadores e não está descartada a possibilidade do MP renovar o pedido de afastamento dos cinco vereadores e incluir nesse segundo pedido à Justiça que os outros quatro vereadores denunciados sejam atingidos pela medida.