É alarmante a letalidade da dengue no
Ceará em 2013. Apesar de o Estado ter registrado menos da metade de casos do
que no biênio anterior, considerado de epidemia, a quantidade de mortos, seja
por complicações da doença ou pelo tipo hemorrágico dela, já supera a de 2012
em 25%. E está próxima da de 2011.
O último boletim epidemiológico
semanal do ano elaborado pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) aponta 24,6
mil doentes e 55 óbitos por dengue em 2013. Em 2012, o Ceará registrou 44
mortes. Em 2011, 62 (12% mais).
O documento foi publicado na
sexta-feira, 27. Contudo, não representa a totalidade de infectados e mortos de
2013, já que as ocorrências dos demais quatro dias do ano ainda não foram
incluídas no relatório. A estatística consolidada deve ser apresentada no
boletim epidemiológico da próxima sexta, 3.
Das 55 mortes deste ano, 43 foram
decorrentes de complicações da dengue no paciente. As 12 demais foram pela
evolução da doença para o tipo mais grave, o hemorrágico. Em 2012 e 2011, o
Estado teve 32 e 49 óbitos por complicação e 12 e 13 mortes por via
hemorrágica, respectivamente.
Num estudo de proporcionalidade entre
casos e mortes, então, o Ceará terminará 2013 em situação pior do que dos dois
anos anteriores. Em 2011, ocorreu uma morte para cada 914 casos. Em 2012, um
óbito para cada 1.175 doentes. Neste ano, é uma morte para cada 446 pessoas
infectadas pelo Aedes aegipty. O mosquito reproduz-se em água parada.
Desde o ano passado, apenas dois dos
quatro tipos de vírus da dengue circulam no Ceará: o 1 e o 4. Em 2011, eram
três (1, 3 e 4).
Doentes foram diagnosticados em 163
municípios do Estado. Por ter maior contingente populacional, Fortaleza
concentra mais infectados e mortos. 8.682 pessoas contraíram dengue na Capital.
Dessas, 30 foram a óbito.
Conforme a Sesa, mortes também foram
confirmadas nas cidades de Maracanaú (3), Maraguape (3), Aracoiaba (2), Caucaia
(2), Itapiúna (2), Caridade (2), Cascavel (2), Iguatu (1), Beberibe,
Chorozinho, Palmácia, Varjota, Itaitinga, Barreira, Acarape e Senador Pompeu.